O clássico jogo de tabuleiro Monopoly celebra 90 anos de história em 2025 e continua como um marco da cultura global.
Ele foi lançado originalmente nos Estados Unidos, em 1935, e despertou um êxito imediato que atravessou décadas, continentes e gerações.
Desde aquela primeira edição até as versões modernas, o jogo evoluiu, adaptou-se e resistiu como símbolo de lazer, competição e, de certa forma, reflexão sobre riqueza e poder.
A história de Monopoly remete à década de 1930, período da Grande Depressão nos Estados Unidos.
O jogo teve origem oficial em 1935, quando a editora Parker Brothers lançou sua versão padronizada.
Já havia um precursor: o jogo The Landlord’s Game, criado por Lizzie Magie em 1903, com objetivo educativo de criticar os monopólios e desigualdades de terra.
Logo em seus primeiros anos, Monopoly ganhou enorme popularidade porque oferecia uma fuga lúdica da realidade difícil da época.
As pessoas competiam para acumular propriedades, construir casas e hotéis, cobrar aluguéis e dominar o tabuleiro, metáfora direta da ambição econômica.
A expansão internacional de Monopoly

Em 1935, a editora britânica John Waddington Ltd, em Leeds, garantiu a licença europeia para produzir o jogo no Reino Unido. Conforme o anúncio oficial, essa produção britânica durou até os anos 1990.
Informações recentes destacam que a empresa vendeu o direito em 1994 para a americana Hasbro.
No Reino Unido, para comemorar os 90 anos, será emitida uma série de selos postais que retratam locais icônicos do jogo, como Old Kent Road, Liverpool Street Station e Park Lane.
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Um porta-voz da Royal Mail chamou Monopoly de “uma parte querida da vida familiar britânica”.
Hoje, Monopoly é jogado em 114 países e já foi traduzido para mais de 40 idiomas.
Esse alcance mostra como algo nascido de um contexto americano dos anos 30 superou fronteiras culturais e geográficas.
Além disso, estima-se que existam mais de 3.400 versões diferentes do jogo, das edições clássicas às versões temáticas de cidades, filmes e cultura pop.
Essa variedade ajudou a manter o interesse do público e permitiu que o jogo se adaptasse às mudanças de gosto e formato.
Mudanças e adaptações ao longo do tempo
Monopoly não ficou parado. Ele se adaptou ao público e à tecnologia.
Por exemplo, com versões digitais, edições especiais e licenças locais, além de elementos modernos como aplicativos de banco digital ou versões rápidas de jogo.
Essa capacidade de adaptação reforçou sua longevidade.
Um dos exemplos recentes é a reedição comemorativa no Reino Unido, com moedas especiais da Royal Mint, marcando os 90 anos, algo inédito para um jogo de tabuleiro.
Além disso, o uso de localizações reais, tokens reconhecíveis (como o cachorrinho, o carro ou o chapéu-alto) e componentes visuais fortes ajudou a construir identidade e nostalgia, fatores que conectam diferentes gerações de jogadores.
Um porta-voz da Royal Mail afirmou que o Monopoly é ‘uma parte querida da vida familiar britânica’ e disse que os selos oferecerão aos fãs uma ‘viagem nostálgica pelo tabuleiro’.

Marianne James, da Hasbro, disse que o Monopoly reúne amigos e familiares há 90 anos ‘e é uma honra celebrar este marco ao lado da Royal Mail’
‘Esses selos especiais celebram não apenas o incrível legado do jogo, mas também seus laços únicos com o Reino Unido’.
Marianne acrescentou: ‘É uma maneira maravilhosa de homenagear uma marca que continua a inspirar alegria, conexão e uma pequena competição amigável para famílias em todos os lugares.’
Monopoly ultrapassa o simples entretenimento. Ele funciona como espelho das aspirações de riqueza, propriedade e domínio econômico.
Historiadores de cultura veem no jogo reflexos dos valores de cada época, desde a crítica ao monopólio inicial até a celebração do empreendedorismo e do investimento imobiliário.
Para muitas famílias, o jogo se tornou um ritual: noites de fim de semana, risadas, negociações acaloradas e memórias que passam para gerações.
Esse aspecto afetivo contribui para o jogo continuar presente no lar, mesmo em tempos de videogames e entretenimento digital.
