Em uma sociedade cada vez mais conectada, escolher os 10 melhores jogos de tabuleiro pode soar ‘cringe’.
Afinal, vivemos cercados por telas, notificações e experiências digitais que parecem dominar todo o nosso tempo livre.
Ainda assim, algo curioso está acontecendo, os jogos de tabuleiro estão voltando com força e conquistando tanto os nostálgicos quanto uma nova geração de jogadores.
Essa redescoberta do analógico revela um desejo coletivo por interações reais, risadas fora das telas e disputas amistosas em torno de uma mesa.
As pessoas buscam experiências táteis, estratégicas e sociais que nenhum aplicativo consegue replicar.
Jogar um bom tabuleiro é também uma forma de pausa; um convite para se conectar com quem está ao lado.
Dos clássicos que formaram legiões de fãs até os lançamentos que desafiam a criatividade e a lógica, os jogos de tabuleiro continuam provando que a diversão presencial nunca sai de moda.
Por isso a equipe do GamesHub selecionou 10 jogos de tabuleiro para você se divertir com os amigos ou com a família e se desconectar um pouco.
Os 10 melhores jogos de tabuleiro
1. Catan (Os Colonizadores de Catan)

Catan é um marco no hobby moderno. Publicado pela primeira vez em 1995 por Klaus Teuber, ele ajuda a inaugurar o gênero eurogame moderno.
No jogo, os jogadores ocupam uma ilha modular feita de hexágonos que representam terras produtivas (floresta, pasto, montanha, campo, colina) e um deserto.
A cada turno, rolam-se dois dados: os hexágonos com o número rolado produzem recursos para quem tem assentamentos adjacentes.
Com esses recursos (madeira, tijolo, trigo, minério, lã), os jogadores constroem estradas, assentamentos ou cidades, compram cartas de desenvolvimento e negociam entre si.
Cada assentamento vale 1 ponto de vitória, cada cidade vale 2 pontos, e o primeiro a atingir 10 pontos ganha.
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O jogo permite que os participantes troquem recursos entre si, e esse aspecto social gera tensão interessante.
Nele você negocia com quem precisa de tijolos, oferece outro recurso, tenta obter vantagem.
Além disso, Catan possui várias expansões, como ‘Cidades & Cavaleiros’, ‘Navegadores’ e outras, que introduzem novas camadas e desafios sem alterar a base do jogo.
Recentemente, uma edição atualizada (6ª edição) foi lançada, com componentes maiores e design mais limpo, mantendo compatibilidade com expansões antigas.
2. Ticket to Ride

Ticket to Ride é um jogo de construção de rotas ferroviárias: cada jogador recebe cartas de destino (cidades que precisa conectar) e cartas de cor (que correspondem às rotas).
Para reivindicar uma rota entre duas cidades, é necessário descartar cartas da mesma cor. Se ocupar rotas seguras ou rotas longas, pode-se pontuar mais.
O jogo de tabuleiro estimula disputa indireta: rotas desejadas por um jogador podem ficar indisponíveis se outro as ocupar primeiro.
Sua estrutura é fácil de aprender: nas primeiras partidas, as regras são assimiladas rápido, o que o torna ótimo para familiares e amigos que jogam esporadicamente.
Mesmo assim, ele exige alguma antecipação: você precisa desenhar seu plano de conectividade e avaliar quando correr para rotas mais disputadas.
Existem versões e mapas distintos (Estados Unidos, Europa, países temáticos) que ampliam o leque de jogo.
3. Pandemic

Pandemic é um jogo cooperativo no qual os jogadores formam uma equipe para combater surtos de doenças em escala global.
Cada partida envolve a propagação de vírus por cidades do mapa, com cartas de infecção que geram novos casos e risco de epidemias.
Os participantes têm papéis (o médico, o pesquisador, etc.) que têm habilidades especiais distintas.
Eles devem, juntos, planejar ações para curar doenças, construir estações de pesquisa, compartilhar cartas e antecipar onde surgirão focos novos.
Se muitos surtos ocorrerem ou faltar cartas no baralho, os jogadores perdem. Se eliminarem todas as doenças, vencem.
Pandemic enfatiza comunicação constante: cada jogador precisa compartilhar suas intenções, alertar riscos e adaptar planos conforme surgem imprevistos.
Por ser cooperativo, ele funciona bem com grupos que preferem colaborar em vez de competir, especialmente se querem uma experiência em que ‘o inimigo é o jogo’.
4. 7 Wonders

7 Wonders é um jogo de cartas com draft simultâneo, que simula o desenvolvimento de uma civilização antiga.
Em cada rodada, cada jogador escolhe uma carta da mão e passa o restante para o vizinho, repetindo esse processo por várias fases.
As cartas podem representar edifícios civis, militares, científicos, comerciais ou estruturas que ajudam a produzir recursos.
Há também símbolos científicos que, em conjunto, rendem pontuações especiais se combinados bem.
Além disso, cada jogador tem uma ‘maravilha’ que oferece benefícios únicos e etapas para construir rumo à vitória.
Por usar draft simultâneo, praticamente não há tempo morto: enquanto você escolhe sua carta, os vizinhos fazem escolhas paralelas.
O jogo costuma durar cerca de 30 minutos, o que permite encaixar diversas partidas numa mesma noite.
Apesar de rápido, 7 Wonders oferece profundidade tática: ponderar quais cartas abrir mão, quais caminhos seguir (militar, ciência, comércio) é parte central da estratégia.
5. Gloomhaven

Gloomhaven é um jogo cooperativo de campanha com forte componente narrativo e mecânicas de RPG.
Ele apresenta dezenas de cenários encadeados que formam uma campanha longa, com evolução de personagens, reputação, missões secundárias e escolhas permanentes.
Em cada cenário, os jogadores exploram mapas, enfrentam monstros, abrem tesouros e tomam decisões que alteram o estado global da campanha.
Cada personagem tem um leque de cartas de ação, que devem ser gerenciadas durante o jogo: gastar muito cedo pode deixar-se vulnerável mais tarde.
As decisões são tensas: escolhas entre enfrentar riscos ou recuar, decidir caminhos em bifurcações, optar por missões alternativas para ganho adicional.
Gloomhaven exige preparação: escolher o grupo adequado para um cenário, equilibrar os personagens e planejar rotas de progressão.
Como ele é um jogo ‘de campanha’, ele cria laços de continuidade entre partidas. Assim, aquilo que você fez numa sessão influencia o que acontece nas seguintes.
6. Terra Mystica

Terra Mystica é um jogo estratégico de controle de áreas e desenvolvimento de facções distintas.
Cada jogador comanda uma facção que possui habilidades únicas e padrões de construção específicos.
O tabuleiro é fixo, mas os posicionamentos e o uso de terreno são cruciais: cada lugar onde você constrói define seus ganhos e limitações.
Construir em locais ‘favorecidos’ exige adaptação: você pode gastar recursos (terraformação) para transformar terrenos vizinhos para adequar às exigências da sua facção.
Há também comando de poder, pontuação por adjacência entre estruturas, e uso de recursos como trabalhadores, moedas, cristais e sacerdotes.
O ritmo de Terra Mystica é elegante: pouca aleatoriedade, muita leitura de tabuleiro e competição pelas melhores áreas.
Cada facção apresenta um estilo diferente, então jogar repetidamente traz a descoberta de estratégias variadas.
7. El Grande

El Grande é um clássico entre os jogos de controle de áreas.
Ele se passa na Espanha medieval, com regiões onde os jogadores alocam “caballeros” para exercer influência.
Em cada turno, os jogadores usam cartas de ação que determinam quantos caballeros colocar ou mover, e em qual ordem agir.
O turno tem fases como recolher recursos, jogar cartas, colocar ou mover influência, e calcular pontos de acordo com a dominância regional.
Não há rolagem de dados; tudo depende de planejamento e leitura dos oponentes.
A ordem de jogo fornece tensão: você pode querer atuar cedo, mas isso pode deixar oportunidades para adversários reagirem.
El Grande exige raciocínio espacial: decidir onde vale a pena concentrar influência e onde desistir é parte da estratégia central.
8. Mage Knight

Mage Knight é um híbrido ambicioso: combina fantasia, combate, exploração e construção de baralho (deck building).
Os jogadores interpretam poderosos guerreiros-magos que viajam por um mapa, enfrentam inimigos, conquistam cidades e recrutam aliados.
Cada ação (movimento, combate, recrutamento) exige gasto de cartas, e você deve equilibrar quando usar cartas poderosas ou economizá-las.
Há modo solo e multiplayer; no caso de vários jogadores, há um aspecto competitivo para alcançar metas no mapa.
O jogo exige curva de aprendizado alta: entender quais cartas priorizar, como reagir a encontros adversos, que rotas seguir.
Muitos mencionam que Mage Knight é um dos melhores jogos solo disponíveis hoje.
Ele promove decisões complexas: às vezes convém evitar confronto para conservar cartas, outras vezes é preciso arriscar ofensiva para obter benefícios maiores.
9. Dominion

Dominion é considerado o “jogo que deu início ao gênero deck building”.
No início, cada jogador recebe um pequeno deck idêntico de cartas básicas.
Durante o jogo, você compra cartas de um conjunto aberto de “cartas de reino” que oferecem recursos, poder de ação ou pontos de vitória.
O desafio reside em construir seu deck de forma eficiente: cartas que geram moeda permitem comprar cartas melhores, que trazem combos mais fortes.
Há muitos módulos (expansões) que adicionam novas cartas de reino, mecânicas como ataque, cartas de reação, interações variadas.
Embora pareça simples, a competição é intensa: observar o que seus rivais compram e tentar bloqueá-los faz parte da dinâmica.
O jogo escala bem com diferentes tamanhos de baralho e estratégias (algumas focam ouro, outras em combos de ação).
10. Wingspan

Wingspan chama atenção por sua belíssima temática: os jogadores gerenciam uma reserva de aves, colecionando espécies, combinando habitats e obtendo pontuações por interações entre elas.
Cada carta de ave traz requisitos, benefícios e habilidades ativadas em diferentes habitats (florestas, campos, água).
Você joga ovos, alimenta aves e coloca cartas em habitats, acionando cadeias de efeitos que lembram um motor de jogo.
O jogo equilibra leveza e profundidade: regras acessíveis, mas decisões complexas ao montar combinações de aves.
Uma entrevista com a designer Elizabeth Hargrave revela que muitos jogadores afirmam que Wingspan os fez prestar mais atenção ao mundo natural e à observação de aves.
Além disso, o aspecto estético — bonito visual, ilustrações bem trabalhadas — atrai jogadores que valorizam aparência e experiência sensorial.
