A indústria global de jogos ganhou centenas de milhares de novos gamers graças aos jogos mobile. mobile.
A história dos jogos para celular nasceu em 1994, quando o aparelho Hagenuk MT‑2000 trouxe uma versão do Tetris, simples, em preto e branco, e rodando em uma pequena tela.
Logo depois, em 1997, a Nokia lançou o icônico Snake no modelo 6110, instalado de fábrica em muitos celulares.
No fim da década de 1990, o Japão se destacou ao lançar o serviço i-mode, da NTT DoCoMo, que permitiu baixar jogos em celulares.
Desenvolvedores como Konami criaram títulos como Tokimeki Memorial especialmente para a plataforma, ampliando o mercado móvel japonês.
Com o início dos anos 2000, cresceu o uso da plataforma Java (J2ME), que permitiu rodar jogos em diferentes aparelhos com um só código.
Isso fomentou o surgimento de muitos desenvolvedores independentes e ajudou a popularizar o formato.
Jogos mobile ganham nova vida com a chegada do iPhone

Depois, em 2007, a Apple lançou o iPhone, mudando paradigmas com tela touch, acelerômetro e poder de processamento.
Em 2008, o App Store começou a funcionar, abrindo caminho para a distribuição padronizada de aplicativos.
Logo surgiram games de sucesso: o puzzle com sensor de movimento Trism, criado por Steve Demeter, rendeu grande lucro em poucos meses.
E o jogo rítmico Tap Tap Revenge chegou a um milhão de downloads em 20 dias.
Em 2009, chegou o fenômeno Angry Birds, da Rovio. O jogo vendeu bem como app pago e, depois com versão gratuita com propagandas e compras dentro do app.
Ainda em 2009, Cut the Rope estreou com modelo freemium. Uma versão gratuita limitada e compra interna para desbloquear o restante do jogo. O sucesso foi imediato nas lojas digitais.
Entre 2012 e 2014, Candy Crush Saga (pela King) e Puzzle & Dragons (no Japão) consolidaram o modelo freemium.
Candy Crush conquistou milhões de jogadores e elevou receitas via compras internas.
Puzzle & Dragons, com gameplay estilo “crie e combine”, teve 20 milhões de downloads no Japão e milhões de dólares em lucro.
Em 2012, o estúdio Supercell lançou Clash of Clans, estratégia social que combinou gestão de aldeias, combate e alianças. O jogo faturava milhões por dia, atraindo jogadores casuais e hardcore.
MOBA no celular

Em 2015, a Tencent estreou Honor of Kings, um MOBA mobile que se tornou um fenômeno na China, com milhões de jogadores diários, gerando receitas astronômicas e inspirando o lançamento internacional como Arena of Valor.
Por volta de 2014–2015, nasceu o gênero hyper-casual, com jogos super simples, leves e repetitivos.
Crossy Road se destacou ao ganhar milhões de usuários rapidamente, monetizando por publicidade e itens cosméticos.
Em 2016–2017, o mundo vivenciou o fenômeno Pokémon Go, com realidade aumentada via GPS.
O jogo atraiu 100 milhões de usuários em um mês e faturou centenas de milhões no primeiro ano, revolucionando o mobile com atividade física e interação social.
Mais recentemente, em 2018 o sucesso cross-platform Fortnite chegou aos smartphones, permitindo jogar com usuários de consoles e PC.
Isso ampliou o conceito de jogo móvel como parte de ecossistemas integrados, não sistema isolado.
Atualmente, além dos hits consagrados, surgiram serviços de assinatura como o Apple Arcade (2019), que oferece jogos sem anúncios ou compras internas, à moda premium, e Google Play Pass, ampliando ainda mais o mercado.
Mercado dos jogos mobile
O sucesso dos jogos mobilie não se restringe apenas aos downloads e jogadores ativos.
De acordo com uma pesquisa da PUCSP, eles já representam quase metade das receitas mundiais, ultrapassando consoles e PCs juntos.
Em 2024, essa parcela chegou a 49 % da receita total de jogos, evidenciando a força do setor.
Ao mesmo tempo, o mercado global de jogos mobile faturou entre US$ 139 bilhões e US$ 140 bilhões em 2024.
Projeções da Grand View Research mostram crescimento acelerado já que o setor deve atingir US$ 256 bilhões até 2030, com CAGR de mais de 10 % entre 2025 e 2030.
Além disso, dados da Udonis, apontam que em 2024 os jogos mobile geraram US$ 92 bilhões, correspondendo a 49 % do total de receita global.
A Ásia-Pacífico lidera esse crescimento, com participação de receita sobre 52 % em 2024. A América do Norte é outra região forte, enquanto o investimento em mobile explodiu nas economias emergentes.
Games no Brasil
No Brasil, os smartphones já encabeçam as plataformas mais usadas. Pesquisa recente indica que 48,8 % dos brasileiros preferem jogar no celular, seguidos por computadores e consoles.
Ainda segundo a Pesquisa Game Brasil, cerca de 73,9 % da população brasileira joga digitalmente, mostrando penetração massiva dos jogos mobile.
No contexto nacional, o Brasil continua em crescimento: em 2021, o país era o maior mercado de games da América Latina, com 47 % das receitas vindas do mobile.
A indústria local ainda é pequena, mas cresce: em 2022, 1.042 estúdios de games faturaram US$ 252,6 milhões, sendo que 65 % da receita veio do exterior.
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