A temporada de premiações dos videogames já começou e quem está no topo não é surpresa. Clair Obscur: Expedition 33 ganhou sete prêmios no Golden Joystick Awards, colocando bastante expectativa pelo que ocorrerá no Game Awards (GOTY) em 11 de dezembro.
No Golden Joystick, Clair Obscur levou os prêmios de ‘melhor narrativa’, ‘melhor design visual’, ‘estúdio do ano’, ‘melhor trilha sonora’, ‘melhor ator/atriz coadjuvante’, ‘melhor ator/atriz’ e ‘melhor jogo do ano’.
Dentre os cinco rivais de Clair Obscur para o GOTY, considerado o Oscar dos games, apenas Donkey Kong Bananza, com o prêmio da crítica, e Hollow Knight: Silksong, que ganhou melhor jogo indie auto-publicado, venceram alguma coisa no Golden Joystick.
Será que já temos um favorito para o GOTY? Premiações são imprevisíveis, mas dá para dizer sim que o game da Sandfall Interactive é o grande favorito. Nem mesmo o peso da direção de Hideo Kojima por trás de Death Stranding 2 ou do hype em cima da sequência de Hollow Knight parecem estar à altura do RPG que conquistou o coração dos gamers em 2025.
Confira abaixo a lista dos vencedores do Golden Joystick:
- Melhor Narrativa – Clair Obscur: Expedition 33
- Melhor Design de Áudio – Ghost of Yōtei
- Melhor Jogo Multijogador – Peak
- Melhor Direção de Arte – Clair Obscur: Expedition 33
- Melhor Expansão de Jogo – Lies of P: Overture
- Melhor Jogo Indie Auto-Publicado – Hollow Knight: Silksong
- Melhor Jogo Indie – Blue Prince
- Estúdio do Ano – Sandfall Interactive
- Melhor Jogo em Acesso Antecipado – REPO
- Melhor Trilha Sonora – Clair Obscur: Expedition 33
- Melhor Trailer de Jogo – Grand Theft Auto 6 Trailer 2
- Melhor Jogo Mobile Ainda em Atividade – Pokémon Go
- Melhor Jogo Ainda em Atividade para Consoles e PC – Minecraft
- Escolha dos Streamers – Peak
- Melhor Remake / Remaster – The Elder Scrolls 4: Oblivion Remastered
- Prêmio Revelação – Schedule I
- Melhor Hardware de Games – AMD Ryzen 9 9950X3D
- Melhor Adaptação de Jogo – Arcane, 2ª Temporada
- Melhor Ator/Atriz Coadjuvante – Ben Starr, Clair Obscur: Expedition 33
- Melhor Ator/Atriz Protagonista – Jennifer English, Clair Obscur: Expedition 33
- Hall da Fama – The Sims
- Jogo de PC do Ano – Hollow Knight: Silksong
- Jogo de Console do Ano – Ghost of Yōtei
- Prêmio da Crítica – Donkey Kong Bananza
- Jogo Mais Aguardado – Grand Theft Auto 6
- Jogo do Ano – Clair Obscur: Expedition 33
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Por que Clair Obscur é tão bom?
Com uma narrativa emocionante, Clair Obscur cria um mundo de fantasia melancólico em que legiões de expedicionários tentam uma vez por ano reverter a maldição da “Artífice”. Afinal, uma contagem regressiva em um gigantesco monólito informa anualmente que todas as pessoas de uma determinada idade desaparecerão.
É neste cenário que encontramos a expedição 33, liderada por Gustave e que busca enfrentar esse destino cruel partindo de onde todas as outras falharam. A galeria de personagens carismáticos e muito bem interpretados ajuda a dar peso a todo o drama narrado.
Se a história já chama a atenção, a jogabilidade se tornou um caso de sucesso de como revitalizar um estilo de jogo. Clair Obscure é um RPG de turnos com algumas mecânicas que lembram a saga Persona, porém com particularidades que tornam os combates bem mais interessantes.
A principal é a mecânica de dar ‘parry’ (aparar) ou se esquivar dos ataques de inimigos ao executar estas ações em um momento exato durante o turno inimigo. Ou seja, nada de ficar esperando o inimigo atacar sem poder fazer nada como em um Pokémon ou nos Final Fantasy antigos. Aqui, mesmo os turnos não exigem somente estratégia, mas também habilidade e aprendizado de padrões.
Então, mesmo quem torce o nariz para RPGs de turno por estar acostumado a jogos de ação pode se divertir bastante se der uma chance a este clássico instantâneo.
Discurso de aceitação
O ator Ben Starr, que dá vida ao expedicionário veterano Verso, em Clair Obscur, aproveitou seu discurso de aceitação ao prêmio de melhor ator coadjuvante para dar uma alfinetada na indústria.
Starr disse que a indústria dos videogames é difícil e que naquela noite muitas pessoas deveriam estar lá na premiação e não estavam porque haviam sido demitidas. “Muitas pessoas podem me criticar por estar fazendo cena agora, mas uma coisa que a Sandfall faz e sempre fez é respeitar as pessoas que trabalham para ela”, disse o ator.
Considerando que a Sandfall é notadamente composta por profissionais que vieram de grandes estúdios como a Ubisoft, a crítica parece um chamado ao despertar para essas empresas.
