A Amazon fará uma série de TV live action baseada na franquia de jogos Life is Strange.
De acordo com informações da publicação americana ‘Variety’, a série terá roteiro de Charlie Covell, que também fará a produção criativa.
Covell é o criador da série ‘The End of the F***ing World’, da Netflix, que narra as desventuras de um garoto psicopata ao lado de uma menina rebelde.
A revista diz ainda que Dmitri M. Johnson, Mike Goldberg e Timothy I. Stevenson estão envolvidos no projeto como produtores executivos. Eles são da produtora Story Kitchen, especializada em adaptações de videogames, como os filmes do Sonic e a futura série de Tomb Raider.
‘A Story Kitchen sempre acreditou que ‘Life is Strange’ merecia ser mais do que apenas um jogo — é uma referência cultural’, disseram Johnson e Goldberg à Variety.
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Life is Strange
Life is Strange é uma série de jogos focados na narrativa criada em 2015 pelo estúdio francês Don’t Nod e publicada pela Square Enix.
O primeiro jogo da saga segue a história da adolescente Max Caulfield, uma aspirante a fotógrafa que descobre ter poderes de voltar no tempo.
A narrativa acompanha o cotidiano de Max e se distanciou de videogames tradicionais ao adotar uma postura mais prosaica. Os poderes da protagonista são menos importantes ali do que suas questões internas e relacionamentos na escola.
Assim, boa parte da jogabilidade se foca em diálogos com escolhas que afetam a história e atividades do dia a dia de um adolescente. Já os poderes são usados principalmente na investigação do misterioso desaparecimento de uma aluna do colégio da personagem.
Outro ponto importante é a estética do jogo, bastante colorida e estilizada, em contraste com a busca incessante por realismo que atinge essa mídia. No primeiro game, usam-se metáforas visuais ligadas ao mundo da fotografia para representar os poderes da Max.
Sequências
O sucesso do primeiro game levou à criação de mais quatro. Um deles é Life is Strange: Before the Storm, uma prequel (história que se passa antes do primeiro título) focada na amiga e potencial interesse romântico de Max, Chloe Price.
Já Life is Strange 2 e Life is Strange: True Colors seguem personagens diferentes, servindo como narrativas independentes. Depois de Life is Strange 2, a Don’t Nod e a Square Enix se separaram.
O mais recente Life is Strange: Double Exposure, foi desenvolvido pela Deck Nine Games e retomou a história de Max. Apesar de ser relativamente bem recebido por boa parte da crítica, o jogo teve reações de mistas a bastante negativas dos jogadores.
No Metacritic, o mais novo jogo tem média 73 da crítica e 4.4 do público geral. Enquanto isso, o primeiro Life is Strange tem médias de 85 na crítica e 8.6 no público. A Square Enix admitiu que o episódio mais recente da franquia teve vendas decepcionantes, causando prejuízo.
Premiações
A abordagem sensível da saga a temas como diversidade levou a bastante reconhecimento. O primeiro game foi eleito ‘jogo mais impactante’ do ano no Game Awards de 2015.
Além disso, Life is Strange: True Colors, recebeu um prêmio Peabody na categoria ‘narrativa interativa e imersiva’. A escolha, segundo a premiação, se deu porque o jogo mostrou a empatia como um superpoder e demonstrou como jogos podem funcionar para contar histórias de impacto.
Criadores do jogo não estão envolvidos
Em post na rede social X (Twitter), Christian Divine, roteirista principal dos primeiros Life is Strange, afirmou que não está envolvido na produção da série de TV.
A informação deixou fãs da saga preocupados a respeito da fidelidade do projeto aos jogos no qual ele é baseado.
Apesar disso, uma afirmação de Covell à Variety pode talvez deixar esses fãs mais sossegados. O roteirista da futura série disse que é fã dos jogos e que se sente honrado em compartilhar a história de Max e Chloe para outros jogadores e novas audiências.
Os rumores sobre a criação de uma produção audiovisual baseada em Life is Strange correm desde 2016. No entanto, eles só se concretizaram na semana passada, com o anúncio oficial da Amazon sobre a nova série.